Cida Stier

Falar bem no dia a dia é tão importante quanto se apresentar bem em público. Ouço, com frequência, algumas pessoas argumentarem que somente quem tem dom fala bem. Na prática, participando do desenvolvimento de profissionais da voz, não tenho dúvidas de que a maestria e a naturalidade são obtidas com árdua disciplina. O dom, no caso, é resultante de muitas horas dedicadas a treinamentos. A diferença entre quem apenas fala para quem fala muito bem está no cuidado extremo com vários aspectos, tais quais a organização das ideias e a pronúncia clara das palavras.

A comunicação de alta performance é a arte de se expressar com clareza, objetividade e excelência. Ela é conquistada a partir do desenvolvimento de habilidades que evidenciam total domínio das competências comunicativas.

A voz, a dicção, o contato visual, os gestos, a postura e a expressão facial contam, todo o tempo, o que pensamos e sentimos. Portanto, a boa comunicação requer coerência entre pensamento, sentimento, ações e palavras.

Falar melhor deve ser o desejo de quem almeja progredir. Situações do cotidiano, quando bem aproveitadas, podem servir como ótimos treinamentos para os momentos de maior grau de exposição.

Alguns cuidados e a adoção de bons hábitos podem ser colocados em prática no dia a dia, tais como:

  • Respirar corretamente. A respiração interfere no ritmo da fala e na clareza da voz. Há pessoas que falam “para dentro” ou tornam as últimas palavras das frases quase inaudíveis, porque não sustentam a respiração e não projetam a voz para fora;
  • Pronunciar as palavras com clareza;
  • Usar a voz corretamente, com tom e intensidade agradáveis ao ouvinte;
  • Falar com expressividade. Altere o ritmo, o volume, dê ênfases com naturalidade;
  • Observar sua linguagem corporal;
  • Ler diariamente. Não se restringir apenas à leitura de jornais e revistas, mas ler bons livros, para enriquecimento de repertório e de ideias;
  • Dar atenção ao sentido das palavras;
  • Ouvir com atenção e real interesse o que falam para você;
  • Manter-se muito bem informado para poder conversar com todas as pessoas;
  • Gravar-se em áudio e vídeo. Essa é a melhor maneira para identificar os pontos positivos e corrigir os negativos, como os vícios de linguagem (por exemplo: “tipo”, “né”, “tá”, “então”, “daí”);
  • Falar com expressividade e fluência. Deve-se evitar o  “ééééé”,  “aaaaah e as pausas fora do momento oportuno;
  • Evitar falar excessivamente.  Em geral, as pessoas não gostam de ouvir e não prestam atenção em quem fala demais;
  • Pequenos cuidados diários permitem avanços significativos.
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