SOLIDEZ TEÓRICA E PRÁTICA

Faço parte da terceira turma de fono da PUC-PR. Finalizei minha faculdade em 1985. Eram tempos difíceis na economia brasileira e a Fonoaudiologia era uma profissão desconhecida, mas eu queria muito ser fono. Eu prometi a mim mesma que faria da minha profissão UMA GRANDE PROFISSÃO e um caminho para ajudar MUITAS pessoas. Muitas. 

Embora desde o início eu quisesse tratar pacientes com problemas de voz, a área de fonoaudiologia era muito desconhecida ainda. O meu primeiro emprego foi em uma escola para crianças surdas e mais tarde, em uma clínica especializada em atendimento de crianças autistas. Considero que ambas me ensinaram a base do meu conhecimento sobre comunicação.

Dediquei-me, desde o início da minha carreira, aos estudos da voz e me identifiquei com os estudos e pesquisas sobre VOZ PROFISSIONAL. Além de especialista em voz, também procurei me especializar em áreas afins.

Em 1994, a RPC, afiliada da Rede Globo me chamou para trabalhar com todos os repórteres e apresentadores da emissora no estado. Estou lá desde então, atendendo uma equipe de quase 100 profissionais. A alta qualidade em tudo fazem lá é o DNA da empresa. Aprendi muito a enxergar o detalhe de cada aspecto que impacta a comunicação que vai ao ar. Amo o trabalho que realizo com os jornalistas e tenho a alegria de poder dizer que fiz parte da formação de muitos trainees que hoje são profissionais de referência no Brasil e no exterior.

Aos poucos comecei a atender profissionais com outras demandas de comunicação e como o conceito do trabalho era muito maior do que a fono, precisei me alimentar de outras fontes para compreender as pessoas de uma forma mais ampla e entender o papel da comunicação como parte do todo. Desde de criança sou praticante de Yoga e estudo as filosofias orientais há décadas. Isso me ajuda a ter o olhar cuidadoso com cada pessoa que passa por meus atendimentos.

Da minha experiência clínica aos trabalhos em estúdio e em palcos com diferentes profissionais, precisei estudar muito a natureza humana, seus medos, suas dificuldades de se expor, de se posicionar para então eu poder contribuir com a cada um, por meio da comunicação. 

Com muito cuidado passei a desenvolver um jeito de melhorar a relação que cada cliente e aluno tem com a comunicação e com o meio em que vive e trabalha.

Uma outra atividade que desempenho desde 1994 é atuar em campanha política para cargos majoritários e proporcionais. Também atuei como preparadora vocal do grupo de teatro TANAHORA por 17 anos.

Nunca deixei de estudar e desenvolver pesquisas. Fiz uma série de formações ao longo da carreira por entender que trabalhar com pessoas exige muito estudo e responsabilidade em não errar. 

Conclui meu doutorado em 2018 e desejo ainda fazer pós-doc.

Ao longo dos anos, sem perceber e sem ser intencional, o meu nome passou a ser usado como sinônimo do que eu faço, uma marca no meu estilo de trabalhar e, não são raras as vezes que ouço dizerem que fazem “cida” ao se referirem ao meu trabalho. Acho muito engraçado isso. Até hoje não sei ao certo se eu virei meu trabalho ou se meu trabalho sou eu. 🙂